Planta silvestre encontrada no Parque BororéCréditos: José Cordeiro/ SPTuris Fauna e Flora A biodiversidade existente nesta região é surpreendente. A estratégia adotada para respeitar as potencialidades e fragilidades do território e buscar a conservação dos ecossistemas se dá pela criação das Unidades de Conservação, sejam elas as de Proteção Integral (como o Parque Estadual da Serra do Mar e os Parques Naturais Municipais), bem como as de Uso Sustentável (APAs Municipais Capivari-Monos e Bororê- Colônia). Nas áreas de floresta do parque encontram-se muitas espécies animais ameaçadas de extinção, como pavões-do-mato (Pyrodeus scutatus), bugio-ruivo (Alouatta clamitans), onça-parda (Puma concolor capri-cornensis) e o mono-carvoeiro (Brachyteles arachnoides) — o maior macaco das Américas. Bugio, perereca flautinha e onça-parda: alguns animais típicos da Mata Atlântica. Fotos: Felipe Spina, Leo Malagoli e Depave-3 SVMA. A flora intocada possibilita a oportunidade de conhecer plantas também quase extintas, como canelas (Ocotea curucutuensis), palmito-juçara (Euterpe edulis) e diversas espécies de orquídeas. Papagaio-verdadeiro. Marcos Kawall/ SVMA/DEPAVE-3. Aproximadamente 40% do território da cidade ainda está coberta por vegetação nativa (Mata Atlântica). As APAs Capivari-Monos e Bororé-Colônia são exemplos de locais onde está preservado o bioma Mata Atlântica, um dos mais ricos do planeta. Vitória-régia, planta aquática encontrada nas APAs. Foto: José Cordeiro/ SPTuris. Lontra. Marcos Kawall/ SVMA/DEPAVE-3. As formações vegetais encontradas nas APAs paulistanas pertencem à Mata Atlântica, com predomínio de formações florestais. Alguns pontos, devido à extensão e variabilidade climática, apresentam também formações campestres, com predomínio de plantas herbáceas e/ou arbustivas, com eventual ocorrência de árvores isoladas. Anta. Marcos Kawall/ SVMA/DEPAVE-3. A experiência com o verde é inexplicável! Fauna Ninhal das Garças no Sítio Paiquerê. Foto: José Cordeiro/ SPTuris. Levando em conta apenas os grupos de vertebrados anfíbios, répteis, aves e mamíferos, foram registradas na região do Polo 634 espécies animais, o que corresponde a aproximadamente 52% das espécies registradas no município de São Paulo. Cobra-cipó. Marcos Kawall/ SVMA/DEPAVE-3. Das espécies ocorrentes na APA, 113 são endêmicas da Mata Atlântica, 18 encontram-se ameaçadas de extinção e 21 quase ameaçadas. Espécies de anfíbios como a perereca-flautinha (Aplastodiscus albosignatus) e a rã-de-vidro (Vitreorana uranoscopa) são facilmente encontradas nas margens de riachos em diversas localidades da Apa. Arara encontrada no Centro Paulus. Foto: José Cordeiro/ SPTuris. Macaco bugio. Marcos Kawall/ SVMA/DEPAVE-3. As aves que são a classe com maior número de registros, somando 288 espécies, se destacam como a juruviara (Vireo olivaceus) e a araponga (Procnias nudicollis) – um dos pássaros mais característicos da Mata Atlântica. Quanto aos mamíferos, foram identificadas 35 espécies na região, correspondendo a 42% do total de registros do município. Entre os animais mais característicos da Mata Atlântica, destacam-se o macaco-prego (Cebus nigritus) e a onça-parda (Puima concolor capricomensis). Foto: Marcelo Iha/ SPTuris. Flora Foram identificadas na região do Polo 780 espécies vegetais. Em relação ao status de conservação dessas espécies, 26 são consideradas ameaçadas de extinção. Planta carnívora. Foto: José Cordeiro/ SPTuris. Entre as espécies ameaçadas, destacam-se o palmito-juçara (Euterpe edulis), uma palmeira nativa da Mata Atlântica, com alto valor econômico como alimento, e a orquídea terrestre (Zyfopetalum pedicellatum), ameaçada pelo comércio internacional. Orquidário no Sítio das Palmeiras. Foto: José Cordeiro/ SPTuris. Além disso, o visitante pode se deparar com a beleza de diversas plantas e flores silvestres e também pode visitar os viveiros e orquidários. Ninhal das garças. Foto: Marcelo Iha/ SPTuris.